segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Fazia tempo...

Era sábado a noite. Tempo chuvoso, galera reunida num animado embate de cartas e também de video-game. Todos com uma só missão: ficar acordado até tarde da madrugada de domingo para ver uma corrida de F1 do outro lado do mundo. Todos queriam ver o embate entre o brasileiro e o inglês pelo domínio do campeonato, já que um deles poderia sair campeão já naquela madrugada ou poderia levar a decisão para a última corrida. 


Senna e Mansell - Monza 1991


Para todos aqueles que me conhecem um pouquinho e sabem que sou saudosista mesmo, podem pensar que o texto acima poderia recorrer ao ano de 1991, quando então meu ídolo de adolescência - Ayrton Senna (Mclaren-Honda) - estaria disputando o título daquela temporada de F1 contra o inglês Nigel Mansell (Williams-Renault). Mas, o que aconteceu nesta madrugada molhada em Ubachuva, foi a decisão entre Felipe Massa (Ferrari) e Lewis Hamilton (Mclaren-Mercedes), onde a vantagem era o inglês e não de Felipe. Venceu Lewis e colocou praticamente nove dedos no mundial deste ano.


protagonistas do ano de 2008


No fundo o que eu quis dizer é que, nos idos dos anos 90, a F1 era tão polular quanto o futebol devido à performance e ao enorme carisma de nosso segundo tricampeão. Passado os anos Barrichello, onde ficamos com a pecha de perdodores e era comum descer o cacete no cara que segurou o rojão de manter a F1 em alta no Brasil pós-Senna, este ano a coisa ficou diferente, Pois, tirando aqueles que gostam do esporte e acompanham de forma quase religiosa (eu este ano não perdi uma corrida), as atenções esportivas deste fim de semana foram tomadas por aqueles que gostam mas são torcedores passionais (se não tivesse o Felipe lutando pelo título...) e resistiram bravamente ao sono para ver o embate. Achei isto muito bom não por saudosismo, mas quanto maior o interesse destes torcedores "normais" pela F1, maioes as chances de nunca termos este esporte fora de terras brasilianas. Afinal, se for apenas de aficcionados que sabem um pouco mais sobre a categoria a acompanhar orridas, não precisaria de a maior rede de TV do Brasil gastar tubos anualmente para manter a mesma no ar e também em Interlagos (sim, acredito que a Globo influência a permanência aqui).


É isto!


 

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