terça-feira, 21 de setembro de 2010

O tempo não para...

(Chove, ótimo! Mas, frio? Pô!)

"O tempo não para", diria aquela música do bom e clássico Cazuza! Há exatos 395 dias eu comemorava meu aniversário longe de casa, longe das pessoas da qual amava e daquelas que fizeram parte de minha história por anos. Estava ao lado de novas amizades, um novo amor e em uma das cidades mais bonitas (quando querem seus habitantes, claro!) do Brasil. Achei que estava ali, partindo para o que realmente eu achava que era minha vida ideal, começando uma nova vida! Mas aprendi com o velho Mário Prata que não começamos nenhuma vida nova e sim, damos continuidade a nossa velha vidinha mesmo. Passaram-se 395 dias e passei por muita coisa boa e ruim. E tudo puramente por decisões erradas que tomei e que veio me deixar triste e também pessoas que estavam em minha volta. Quando se passa dos 30, nos achamos os seres mais maduros da face da terra: melhores e mais experientes que a molecada com seus vinte e poucos e muito mais modernos que os "velhos" de mais de quarenta. Pura enganação! Nos enganamos e eu me enganei pois, como qualquer ser humano, sou passível de falhas. Mas também como todo ser humano, somos capazes de dar a volta por cima de todas as dificuldades que encontramos. Hoje me sinto muito feliz com os rumos que minha vida tomou... Casa nova, emprego novo, pessoas novas, o convíveo (é assim que escreve esta jaca?) novamente com pessoas que fizeram e hoje fazem parte novamente de minha história! Resumindo, colocando o trem de minha vida de novo nos trilhos depois da trombada que dei neste último ano.

Como sempre digo, cada ano que passa fico mais clássico. Este ano, já são seis de "classissísmo" e posso garantir que este meu ultimo aniversário entra para os anais da história (sem pensar em sacanagens, ok?) como o melhor de minha vida! Principalmente por alguns ocorridos "inesperadamente esperados" se assim eu posso dizer.

Nem sei se quem ler este pequeno texto vai entender muita coisa, mas precisava desabafar no meu velho boteco virtual. Como estou arrumando as malas para uma viagem de trabalho (ah, farei diários de bordo estes dias!), fica tudo muito corrido, mas gostaria de agradecer a todos que fizerem deste meu mês de setembro, os melhores de minha curta existência nesta coisa chamada vida terrena!

Obrigado pessoa! E também para as outras pessoas!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Abóbrinhas on Line - Charlie Harper

(Fome...)

Um dos meus seriados preferidos! Quem assiste "Two and a Half man", da Warner Channel, vai entender as frases abaixo...


Charlie Harper é o cara...

Lugares que eu não recomendo: Vera Bar (SBC)

(Here I go again...)
Olá pessoas! Seguinte, antes que alguém me xingue, o tema deste pequeno post é mais voltado ao dia que fui ao local supra citado do que realmente a casa. Para quem é do ABC, o Vera Cruz (hoje Vera Bar) é uma casa muito conhecida. Tem estilão de pub e sempre se destacou pelo fato de sempre ter uma ótima banda de rock que mandava muito bem. Mas isto foi há anos atrás. Acho que esqueci que passei anos sem ir lá. Enfim, quinta passada, fomos ao bendido (eu, meu irmão e um outro brother) e quando chegamos lá, era uma quinta sertaneja. Tá, confesso que curto também um sertanejo, pela origem de minha família, mas quando entramos já vi que ia ser uma roubada: R$ 10,00 para sorrir no local. Valor irrisório, mas convidativo para seres estranhos...
Dito e feito: a casa estava vazia. Um dos garçons disse que começaria a encher lá pelas 23:00hs e ai nos animamos. Pelo menos cerveja gelada tinha... Foi quando o inferno começou! Para quem tem mais de 30 como eu, deve lembrar daquele filme "Os Greemlins" - sim, aqueles que se molham, se multiplicam e se derem comida depois da meia noite, viram monstros. Pois é, acho que alimentaram e soltaram os Greemilins antes. Puta que o pariu, eu jurava que já tinha visto gente feia no mesmo lugar, mas aquilo foi insano! Ganhou e longe do Monstrópolis (tá, Metrópolis, ali na Consolação)! E pensar que aquilo um dia ainda vai se procriar - Salva a gente, Gézuis!
Como disse, a casa é bacana e pelo que vi na programação, tem coisas boas lá. Ainda existe, no dia de quarta, o "Quartas Intenções", onde rola um bom flash back de dancing dos anos 80/90, comandados pelos DJ's da rádio 97FM. Mas para aquele bendito dia, eu acho que o nome correto não seria "Quinta Sertaneja", mas sim, "Quintas Feias".
Ou sendo mais radical, "Quintas dos Infernos"...

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Futebol e Mulher: como água e óleo

(E o dia já foi para o saco!)

Antes que vocês me xinguem dizendo que a mulher está começando a entrar em campo literalmente (afinal, tem árbitras, “assistentas”, jogadoras...), a questão é outra. Se você, como eu, é um atleta frustrado e não dispensa sua pelada com os amigos de final de semana, sabe o que estou dizendo. Afinal, quem nunca teve stress com a patroa por causa da redonda? Bom, vou apenas citar algumas frases que já ouvi em minha “carreira” de atleta de final de semana. E olha que esta carreira já dura... uns 20 anos mais ou menos!

- Você vai jogar hoje? De novo? (Detalhe: você joga todo sábado e a última vez que jogou foi no outro sábado!)

- Você vai jogar hoje? Com esta chuva? (Ela pensava que eu era de açúcar...)

- Você vai jogar hoje? Com este sol? (E eu lá derreto com sol?);

- Você vai jogar hoje? Com este frio? (Não! Vou lá dar uma de Happy Feet!)

- Nem pense em se matar no jogo, pois temos casamento para ir! Por mim você nem ia nesta porcaria! (Detalhe: o jogo é as 11:00 da manhã e o casamento as 20:00hs!)

- Ó, semana que vem é o Chá Beneficiente em Pról das Velhinhas do Asilo “V.C.C.D.V.M”. Nem pensem em ir jogar para não chegarmos atrasados! (Velhinhas Com Catarata da Vila Matilde)

- Machucou? Tô nem ai! Vocês parecem que vão pra guerra e não para jogar futebol! (Não deixe de avisa-lá que futebol é um esporte de contato! Imagina se você muda e vai praticar Rugby?)

- Campeonato pelos próximos 10 finais de semana? Tá, pode ir! E não volta! (Essa é clássica!)

- Você prefere ficar correndo atrás de uma bola e ficar com os seus amigos do que ficar comigo... (Olha que chantagem!)


Fora aquelas em que elas acham que no futebol, tem milhares de mulheres vendo aquele bando de velho e barrigudo correndo atrás de algo mais redondo que eles mesmo...

- Vai ficar bebendo depois no bar do campo com os amigos? Deve ficar um monte de vagabunda lá... (Sim, eu já ouvi esta! Acreditam?)

Claro que não foram todas de uma pessoa só, mas esta listagem é uma compilação de vários anos e de vários relacionamentos que eu já passei! Meninas, vocês não entendem que naqueles momentos que corremos atrás de uma Jabulane, tiramos todo nosso stress, nossas frustrações e voltamos aliviado para casa, prontos até para os Chás das Velinhas da Vila Matilde, para o casamento do primo da cunhada do irmão do tio de seu cachorro...

Uma hora não agüentaremos mais correr atrás da redonda e partiremos para algo mais nobre... Como tênis! Mas a grande maioria vai mesmo é jogar dominó!


Recordar é viver - Meu cachorro

(Dois "pastél". Só faltou um "Chopps")

Olá pessoas! Tentando voltar a atividade do boteco virtual do Balbino, hoje relembro um texto que postei no primeiro endereço do blog, já no distante ano de 2006. Como este final de semana eu assisti "Para sempre ao seu lado", aquela história do cão Akita que ia todo dia esperar seu dono, que já havia falecido, na estação de trem, achei este texto e me arrepiei de novo.

Texto postado em 24/11/2006
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24/11/2006 10:28:05
Meu cachorro...
Por Walcyr Carrasco

Meu cachorro está doente. É um husky e tem 14 anos. Dizem os conhecedores da raça que 12 anos é o tempo normal de vida. Mas sempre tive esperança de que fosse muito além. A mãe viveu até os 17. Seu nome é Uno. Não é muito comum, mas tem um motivo. Meu irmão e minha cunhada, há muitos anos, resolveram montar um canil em Campinas. Só de huskies. Compraram macho e fêmea de uma linhagem gloriosa. O avô, importado do Canadá, foi até capa de revista especializada. Registraram o canil. Alimentaram o casal, deram vacinas e prepararam-se para fazer fortuna. Logo uma ninhada estaria a caminho. Meu irmão fez as contas. Na época, o husky era muito valorizado. Com um certo número de cãezinhos, teria um bom lucro!

– Serão dez, onze? – sonhava minha cunhada Bia.

Nasceu um. Sim, um somente! Ganhou o nome de Uno, e me foi dado de presente. A grana ficou na imaginação.

Uno me acompanha desde então, em várias fases da minha vida. Até no desemprego! Cheguei a escrever crônicas para uma revista canina usando seu nome e sua foto. Também um livro infanto-juvenil, Mordidas que Podem Ser Beijos, em que é o protagonista. Muita coisa inventei. Mas não sua mania de fugir de casa. Quando morei numa chácara na Granja Viana, Uno escalava o alambrado com a agilidade de um gato. Assim são os huskies, um tanto felinos. Disparava até o lago e fugia com um pato entre os dentes. Eu que me visse às voltas com a direção do condomínio – donos são para quebrar o galho, devem pensar os cachorros. Escondia-se na reserva florestal e só voltava ao entardecer, com o estômago cheio!

Um terror, o meu cachorro! Duas vezes, bravamente, capturou ouriços. Dezenas de espinhos penetraram seu pêlo. Entraram em sua boca. Eu nunca vira um espinho de ouriço. É duro, pontudo! Impressionante. Fiquei a seu lado enquanto o veterinário arrancava um por um.

Mudei para a cidade. Meu cachorro envelheceu e passa longas horas deitado a meu lado vendo televisão. Deve achar um absurdo tantos tiros, beijos, lágrimas e juras de amor. Gosta de, simplesmente, ficar do meu lado. Ao olhá-lo, tenho uma sensação de conforto. Às vezes se levanta, bota a cabeça nas minhas pernas e eu coço suas orelhas. Sua boca se estica. Tenho a impressão de que é um sorriso.

Há algum tempo começou a ficar doente. Ainda parece saudável. Seu pêlo castanho brilha. Mas surge uma coisa aqui, outra ali. Toma remédio para o coração. Laxantes. Chega a uivar baixinho – huskies não latem.

É a terceira vez que o envio ao veterinário em duas semanas. Agora, nem conseguia ficar em pé, de tão frágil. Sinto angústia só de pensar em sua imensa solidão, longe do tapete onde costuma dormir, sendo picado, mal comendo e, principalmente, sem alguém que lhe acaricie o pêlo. A doença deve ser um mistério para ele mesmo.

O amor de um cão é incondicional. Vejo mendigos na rua acompanhados de cachorros esquálidos que não os abandonam e até os protegem nas noites escuras. Vejo crianças a quem o cão ajuda a conhecer o afeto. Eu sei que meu cachorro está partindo. Se não for agora será daqui a semanas ou meses, pois uma coisa vira outra, e outra. Ou ele não conseguirá resistir ou chegará a um ponto em que terei de dar um nó no coração e abreviar seu sofrimento. Eu tenho de resistir e fazer o melhor. Coçar sua barriga e falar palavras docemente. E, se puder, quando chegar a hora, colocá-lo em meu colo e dizer quanto o amo.

Quando me sentei diante do computador, queria escrever linhas engraçadas, repletas de bom humor. Foi impossível. Meu sentimento falou mais alto. Quem já amou um cão entende minha dor.


Recebido por e-mail...

Adendo: É complicado... quem nunca teve um cachorro não se identifica com o texto. É incrível como se cria amor nestas criaturinhas
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Arrepia, não?